Proibição do 2,4-D aumentaria custo da agricultura em 506,53% no Brasil
“A substituição do 2,4-D nas culturas em que o herbicida é registrado e utilizado no Brasil traria um aumento de custo para a agricultura do país de, em média, R$ 1.089.052.654,46, o que representaria 506,53% a mais do montante utilizado com o herbicida 2,4-D para o manejo de plantas daninhas nessas culturas.”
A projeção é do livro “Aspectos Biológicos e Econômicos do Uso dos Herbicidas à Base de 2,4-D no Brasil”, que será lançado nesta terça-feira (29.09) no Sindicato Rural de Sinop (MT). De acordo com os autores, os engenheiros agrônomos Robinson Osipe e Jethro Osipe, quem pagaria a conta seria a população urbana brasileira, que seria inevitavelmente afetada pelo incremento do preço dos alimentos.
A obra anuncia que trará dados comprovando a segurança, eficácia e importância da molécula no controle de plantas daninhas nas culturas da soja, milho, cana, trigo, arroz e café no Brasil. Porém, um dos pontos altos do livro é a comparação com outras alternativas para controle químico de plantas daninhas nas culturas para as quais o 2,4-D é registrado. A conclusão é de que a molécula é uma das mais econômicas entre os herbicidas mais utilizados no Brasil.
“Nunca tivemos um estudo que revelasse o verdadeiro impacto deste herbicida na agricultura do país. Este livro vem preencher essa lacuna, proporcionando aos leitores a oportunidade de conhecer não só a história do 2,4-D, como a sua real relevância para os produtores e toda a sociedade”, explica o autor e professor doutor Robinson Osipe.
Outro ponto de destaque da publicação, dizem os pesquisadores, é o aspecto agronômico do 2,4-D. Ressaltam que a molécula se apresenta como uma importante alternativa no manejo de plantas daninhas resistentes a herbicidas. “Por contar com um mecanismo de ação diferente dos inibidores de ALS e do glifosato, o 2,4-D é fundamental na luta dos agricultores contra a resistência”, conclui Osipe.